CACETADAS NO FUTURO BARÃO

28 DE FEVEREIRO DE 1865 – Em relatório apresentado ao Ministro da Justiça, o Secretário de Polícia da Chefatura de Polícia da Província do Ceará consigna: “No dia 20 de janeiro, pelas 10 horas da noite, nesta capital tivera ingresso na casa do musico Joaquim Manoel Borges Macuco, por consentimento, ou antes convite da mulher deste de nome Rosa Maria Borges, o negociante, seu vizinho Ten. Cel. Joaquim da Cunha Freire.
Introduzido este para a alcova depois que a mulher lhe dera segurança de achar-se ausente o marido em lugar distante, viu-se de súbito agarrado pelo dono da casa e seus dois cunhados José Antonio Garcia e Antonio Raulino Correia Monarcha, auxiliados pela dita mulher, os quais impedindo-o de gritar e depois de o ferirem com cacetes gravemente na cabeça, conseguiram que o mesmo negociante passasse ali uma letra de 10:100$000 reis, e só deixaram sair pela madrugada. Accudindo logo a policia aos gritos da victima, que se vio livre de seos oppressores, cercada a casa, e varejada pela manhã encontrou ainda vestígios de sangue, mal destruídos e descobriu os fragmentos da letra em um ourinol. Presos imediatamente todos esses delinqüentes e processados por queixa do offendido, já foram todos condenados pelo jury no grau maximo do artigo 272 – 2ª parte do Código Criminal, combinado com o artigo 274 do mesmo Código”. (APECE – Registro dos relatórios da Província e da Secretaria de Polícia ao Ministro da Justiça do Império – 1858-1865 - Livro 381 – fls. 50)
Em 17.01.1868, a vítima foi agraciada pelo Imperador D. Pedro II com o título de Barão da Ibiapaba.

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