O FAMOSO PADRE VERDEIXA (I)

07 DE FEVEREIRO 1841 – O Pro-Pároco de Canindé, Padre Alexandre Francisco Cerbelon Verdeixa, descreve ao Presidente José Martiniano de Alencar a agitação política e eleitoral, que diz estar procurando apaziguar.
Por se tratar de personalidade que se tornou célebre no Ceará, sobretudo pela sua excentricidade e pelas peças que pregou em seus adversários, o Barão de Studart dedicou algumas páginas de seu Dicionário ao Padre Verdeixa e dele extrai-se este trecho: “O Canoa Doida, como era alcunhado, nasceu no Crato, e nessa vila como em Quixeramobim, Lavras, Jardim, Icó, etc., deixou em sua meninice e juventude provas de completo desequilíbrio mental, que a idade não modificou para melhor nem os desenganos e desgostos a que deu origem sua vida de desregramentos e lutas contra todos e contra tudo.
Ordenado Padre no Seminário de Olinda, foi Vigário de Lavras em 1831, e, mais tarde, de Cantagalo no Rio de Janeiro, quando fugitivo do Ceará.
Redigiu em Fortaleza o Juiz do Povo, jornal de propaganda nativista; o Sete de Setembro; O Coelho, de que publicou uma só edição, em represália ao Furão; e ultimamente A Liberdade na administração do Presidente José Bento, a quem fez uma guerra desabrida em conseqüência da qual foi preso e processado em 1864, assim como o foi por várias vezes antes e depois dessa época.
Eleito deputado provincial, serviu nas legislaturas de 1848 e 1864.
O Aracati foi o penúltimo teatro de suas façanhas; prostrado ali por grave moléstia, viu-se forçado a vir pedir o leito de morte ao hospital de misericórdia de Fortaleza”.

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