O FAMOSO PADRE VERDEIXA (II)
O Barão de Studart, benemérito e indulgente cristão, traçou um perfil magnânimo do Padre Verdeixa, ao contrário do implacável João Brígido que, de forma causticante, mostra um retrato cruel do Padre Verdeira in Jader de Carvalho – Antologia de João Brígido – Editora Terra do Sol – Fortaleza-Ceará – 1969 – pp.283/303. Otacílio Colares (Lembrados e Esquecidos – VI – Fortaleza – 1993), Hugo Vitor Guimarães (Deputados Provinciais e Estaduais do Ceará – 1835-1947) e Gomes de Freitas também se ocuparam na descrição de facetas da vida do Padre Verdeixa, sendo que Gomes de Freitas, na Revista do Instituto do Ceará, tomo LXXXII (1968) – pp. 283/285-, sob o título O irrequieto Verdeixa, informa que a Câmara Municipal de Tauá, tomando conhecimento de que o Padre Verdeixa havia sido nomeado em 10 de Julho de 1841 para reger uma Cadeira de Latim naquela localidade, dirige ao Presidente da Província ofício do teor seguinte: “Temos a satisfação de receber o ofício de V. Exa de 28 de pp., acompanhado da cópia da Portaria pela qual contava o Pe. Alexandre Francisco Cerbelon Verdeixa nomeado professor de Latim desta Vila, cuja nomeação devia ser satisfatória, por se conhecer quanto é útil aos habitantes deste município, e mormente pelas intenções benfazejas de V. Exa foi que assim deliberou, porém esta Câmara preenchendo-se do seu dever de com antecipação prevenir alguns inconvenientes que é de esperar, e muito principalmente quando alcança alguns receios nos povos, por haver cabal conhecimento dos barulhos que aquele Padre tem causado em todos os lugares onde tem existido, por isso requisitamos a V. Exa a remoção daquele Padre, mandando-nos outro que em tudo desempenhe o seu dever”. O oficio está assinado pelos Vereadores Francisco Pereira Maia – Presidente, João Leopoldo de Araújo Chaves, Joaquim de Souza Rego, José Rodrigues de Matos Pereira e Antônio Martins Chaves.
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