O PADRE “BENZE-CACETES”

06 DE JANEIRO DE 1841 – Em ofício remetido de Monte-mor-Velho, (atual Pacajus) o Padre Antônio Manoel de Sousa diz ao Presidente da Província, Padre José Martiniano de Alencar, que recebeu ordem para comparecer à sede do governo. Entretanto, cego e achacado, não pode montar a cavalo. Logo que melhore, cumprirá a ordem. O Padre Antônio Manoel de Sousa, alcunhado padre benze-cacêtes, fora absolvido pelo júri do Crato, na devassa de 1o de Dezembro de 1831. O Padre absolvido participou ativamente das lutas empreendidas pelos legalistas e restauradores do Crato e Jardim; partidário dos monarquistas-restauradores de Jardim, armou seus correligionários com cacêtes de madeira que a si eram conduzidos para benzê-los. Dada a grande quantidade de cacêtes que se prenunciava para receber a benção, o Padre utilizou-se da ágil prática de escolher uma mata inteira de onde seria retirada a madeira para a confecção dos cacêtes e pronunciou a sua benção sobre a mata. Pelo resto da vida, carregou o apelido de padre benze-cacêtes. Ao contrário de Pinto Madeira, de quem foi o mentor político, o Padre Antonio Manoel de Sousa foi absolvido e teve sua vida prolongada até 25 de Setembro de 1857.
(APECE)

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