MEDALHA RAIMUNDO OLIVEIRA – 2010 (II)

QUEM FOI RAIMUNDO OLIVEIRA FILHO

Nascido em 01.02.1909 na aristocracia da cidade de Granja, sendo filho do Coronel Raimundo Joaquim de Oliveira e de Maria Delmiro da Rocha, cedo veio para Fortaleza estudar no Instituto São Luis e em seguida ingressou no Colégio Militar, obtendo ao final do curso o titulo de Agrimensor. Seu pai, rico proprietário de terras e que constituíra em 1893 a casa comercial “Joaquim Pereira de Oliveira & Filhos”, uma das maiores de Granja, propiciou-lhe estudos superiores em Nova Iorque, onde se graduou em Engenharia Mecânica e em Engenharia Industrial.
Formado, trabalhou durante 4 anos na FORD em São Paulo. Ao regressar definitivamente para Fortaleza, tornou-se sócio da Organização Silveira Alencar Ltda., empresa de comercialização de veículos, permanecendo até 1964. No final da década de 40, juntamente com José Carneiro da Silveira, Alber Vasconcelos, Vicente de Castro Filho (Bené de Castro), José Maria Philomeno Gomes e Deusemar Lins Cavalcante, implantou, na qualidade de Diretor Superintendente, a empresa Fortaleza Refrigerantes S.A, fabricante da Coca-Cola. Foi também Presidente da Imobiliária Agrícola Raimundo Oliveira S.A,, empresa dedicada ao beneficiamento da cera de carnaúba. Além de todas essas atividades, Raimundo Oliveira Filho teve participação atuante na Associação Comercial do Ceará, integrando por diversas vezes a sua Diretoria, sendo seu Presidente no período de 1959/1960.
Foram seus irmãos:
1) Joaquim Pereira de Oliveira Neto (Quincas Oliveira), com dons de oratória e voltado para as lides intelectuais, foi o sustentáculo do Grêmio Lítero-Cívico Valdemiro Cavalcante, na Granja. Quincas casou-se em 1920 com Maria Elisa Xavier, filha do grande importador e exportador Cel. Ignácio Xavier e de sua mulher Elisa Barreto Xavier, esta irmã do poeta Livio Barreto, um dos fundadores da Padaria Espiritual. Faleceu em 1946, deixando descendentes.
2) Médico Francisco Delmiro de Oliveira (Dr. Oliveirinha), chefe político em Granja. Foi Deputado Federal na década de 60. Casou-se com Zeli de Almeida Fortuna, filha do Cel. Ignácio de Almeida Fortuna, tradicional chefe político durante 50 anos, morrendo com 97 anos. O Cel. Ignácio era sobrinho em 2º grau do Coronel Pessoa Anta e do Senador Paula Pessoa. Sem filhos, o Dr. Oliveirinha adotou Marilia Fortuna Oliveira, sobrinha-neta de sua esposa, e que é a viúva do Médico Juarez Cruz de Vasconcelos, ex-Prefeito de Granja e tio dos nossos companheiros Meton, Luiz e Roberto Vasconcelos.
3) Prudenciana (Branca), casada com o português Joaquim Gonçalves da Hora. Sem filhos.
4) Iná (Inácia) Oliveira Arruda, casada com o Dr. Vicente Arruda, natural de Sobral. Pais do Dr. Esmerino Arruda, ex-deputado federal e suplente de Senador e atual Prefeito de Granja.
Figura destacada de sua família foi o seu Tio, o Monsenhor Manoel Vitorino de Oliveira, vigário de Tamboril e posteriormente de Granja durante aproximadamente 30 anos.

No Rotary, a carreira de Raimundo Oliveira Filho caracterizou-se por rápida ascensão; admitido em 28 de setembro de 1939 como Sócio do Rotary Club Fortaleza, já no ano rotário de 1942/1943 era escolhido Presidente e no ano seguinte era eleito, aos 33 anos de idade, Governador do Distrito 26, que na época compreendia o vasto território de Pernambuco ao Acre. Após o exercício da Governadoria, outras funções foram-lhe confiadas, culminando com o cargo de Diretor de Rotary Internacional para o período de 1966/1968. Dada a sua liderança, seu dinamismo, sua competência, seu completo domínio da língua inglesa, e o elevado grau de responsabilidade de que era detentor, não se tem dúvida de que a Raimundo Oliveira Filho estava reservada a Presidência de Rotary Internacional. No entanto, um câncer o atingiu no inicio dos anos 70.
Casou-se Raimundo Oliveira Filho com Maria Iracema Gentil, neta de José Gentil Alves de Carvalho, o fundador da família Gentil. Deixou descendentes, destacando-se o seu neto Adolfo Bichucher, colaborador das campanhas do Alagadiço.

Um comentário:

  1. Sr. Geová, muito boa sua contribuição ao verbete da família Cavalcanti(e) em um site que se encontra nos primeiros resultados do Google sobre o assunto.

    Também venho dos Cavalcantes do Ceará, e gostaria de saber se realmente minha ascendência é diretamente ligada ao primeiro Filippo Cavalcanti, fundador da maior família brasileira, e se havia possibilidades de falsificação com o uso do sobrenome por pessoas sem ligação sangüínea ou se eram freqüentes os adultérios possibilitando essa apropriação do sobrenome.

    Muito obrigado desde já pelas possíveis elucidações!

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